sábado, 30 de agosto de 2014

A ARTE DE FAZER ESCOLHAS



Terapeuta associa física quântica ao controle de nossos sentimentos
Partindo do pressuposto de que somos capazes de gerar campos de atração, que trazem coisas boas ou ruins, baseados em teorias da física subatômica, o livro "A Arte de Fazer Escolhas" tenta mostrar como devemos agir frente a um mundo cada vez mais 'estressante'.

por Fernanda Nazaré - Revista Encontro

As leis da física quântica valem tanto para o mundo 'invisível' das partículas subatômicas quanto para nossos sentimentos, segundo terapeuta
Há quem diga que letras e números não combinam. Apesar de serem áreas bem distintas, o escritor mineiro e terapeuta transpessoal Louis Burlamaqui afirma fazer um paralelo entre as áreas de humanas e exatas, para ajudar as pessoas na tomada de decisões na vida. Usando exemplos da física quântica – que trata do mundo na dimensão dos átomos ou abaixo deles – e da linguagem metafórica, o autor fala sobre as pressões que sofremos diariamente, e como resolvê-las.

Para se ter uma ideia, quando se estuda a física tradicional, como a lei da gravidade, ela se refere aos corpos maiores que os átomos. Mas os elementos que são menores do que eles não são regidos pelas normas tradicionais. Nesse caso, usamos a física quântica, que tanta explicar o que acontece nesse universo invisível e estranho. A energia nuclear, o laser e vários componentes do computador existem graças ao estudos quânticos.

No seu segundo livro, A Arte de Fazer Escolhas, o terapeuta faz comparações curiosas, como o funcionamento de uma mola e o comportamento humano que são usadas para se fazer uma metáfora, para o leitor, entre os sentimentos e a física quântica. Segundo Burlamaqui, o funcionamento de uma mola, que ao ser comprimida armazena energia mecânica e ao expandir-se a libera, pode ser comparado ao momento em que passamos por uma situação de estresse – retenção dos sentimentos até o momento em que são liberados, mesmo que de forma "explosiva".

A Encontro conversou com o terapeuta para entender como os fenômenos da física podem ser relacionados aos nossos sentimentos.

Revista Encontro – Como explicar essa fusão de duas áreas tão diferentes, das ciências exatas e das humanas, para orientar as pessoas com relação à emoção?
Louis Burlamaqui – O mundo segue uma lógica cartesiana [teoria filosófica em que a mente está totalmente separada do corpo físico], mas as pessoas não respondem segundo um mesmo ideal. Quando alguém contrata um funcionário e acredita que ele vai ser suficiente para o cargo, acaba ganhando uma pessoa que pensa, sente e não responde de forma necessariamente coerente. Já com relação à física quântica, ela surgiu no mundo há mais de 100 anos, mas somente nos últimos 20 anos os pensadores, cientistas e institutos especializados têm descoberto que no campo das pequenas coisas 'intangíveis' [não palpáveis], há muito espaço para o entendimento de como funciona a mente e como reagimos. Meu livro não tem a pretensão de explicar os fenômenos, mas de dar um tratamento prático à questão da atitude.

Como explicar isso para as pessoas que não entendem de física quântica? 
Seria por meio de metáforas?
Às vezes, não precisamos explicar. Eu mesmo não explico muito, pois realmente pode até ficar mais confuso. Prefiro levar as pessoas a terem experiências, e por meio delas, criar um entendimento. Quantos de nós não vivenciamos situações em que pensamos em alguém, e, de repente, essa pessoa surge em nossa realidade? Será coincidência? A todo momento somos 'vítimas' da coincidência, ou existe algo que nos atrai? De fato, a física quântica explica isso pela ação dos neutrinos [partículas subatômicas, sem energia, e 100 vezes mais leves que o elétron], que leem a energia e a utilizam como informação. Esse 'campo informacional' é que gera a atração das pessoas em nossas vidas. Ou seja, nada é por acaso!

Como, então, devemos tomar decisões, levando em consideração os princípios da física quântica?
Essa é uma boa pergunta. O mundo das ciências exatas possui uma interface com o mundo emocional em muitos aspectos. O primeiro deles é diz respeito à lei 'o que entra sai'. Quando consumimos muita energia emocional, engolindo coisas, teremos que processar isso de alguma forma, seja dentro do próprio corpo, seja colocando para fora. E, neste caso, sai em forma de descontroles emocionais ou mesmo como doença [o corpo expulsa o que não é dele]. Não fomos educados a nos desfazer daquilo que 'ingerimos'. As pessoas quando não sabem como proceder, ficam sem escolhas e acabam explodindo. Por isso, saber escolher é 'libertador'. As decisões tomadas pela nossa intuição não falham. A grande questão é saber discernir entre o que é intuição e o que é a mente. Veja, estamos tão desconectados que não sabemos diferenciar o que vem da intuição, que é ligada ao coração, e o que é fruto do pensamento, da mente. Nós fomos condicionados, em vários aspectos, desde nossa primeira infância, a raciocinar de acordo com o que o mundo e a sociedade 'da conveniência' quer. Com isso, nos tornamos mentais além da medida, e nos distanciamos de nossa essência primária, que reside em nosso coração.

Hoje, a informação e os acontecimentos chegam às pessoas de forma muito rápida. Como lidar com essa "enxurrada" informacional e tomar as decisões de forma rápida e correta?
A primeira coisa que se deve entender, tem a ver com um capítulo que abordo no livro: o estresse. Nunca estivemos sob tanto estresse como na atualidade.  A mente, quando está sob pressão, trava. Isso por que o volume de adrenalina é excessivo e fecha a circulação sanguínea, diminuindo o fluxo cerebral. Estresse não é uma doença, mas um gerador de doenças. As pessoas estão ficando moribundas devido a um mundo 'veloz, duro e implacável' com quem não consegue gerar resultados. É importante entender que não adianta querer 'brigar' com o mundo. O mais inteligente a ser feito é desenvolver novas habilidades para lidar com esse mundo, de forma que não estejamos sujeitos a seus efeitos desagradáveis. Quando uma pessoa aprende a lidar com a pressão e o estresse, adquire condição de fazer escolhas e tomar decisões acertadas. O estresse e o pensamento positivo, realmente, por mais redundante que sejam, são fatores 'poderosíssimos', de alto desempenho, nos dias atuais.

Seu primeiro livro, o Flua, também se baseou na física quântica. 
Qual a diferença entre ele e o A Arte de Fazer Escolhas?
O Flua trata das competências emocionais e A Arte de Fazer Escolhas dá direções simples sobre todas as questões que afetam o nosso 'poder pessoal'. Flua foi escrito em sequência, e meu novo livro, não. A Arte de Fazer Escolhas foi desenhado para uma pessoa decidir qual área, num dado momento, é importante para ela e, a partir disso, escolher qual ideia, conto, ou 'insight' lhe será mais útil. Os assuntos são amplos e variados, como estresse, amor, dinheiro, motivação, relacionamentos, bem estar e produtividade. Todos os temas do novo livro afetam o que chamo de 'poder pessoal'. Uma pessoa que manifeste seu poder cria um campo de atração positivo, e certamente as coisas acabam prosperando. Meu primeiro livro cria fluxos e abre canais, e o segundo, gera ideias práticas para as pessoas agirem. Ao final de cada parte do novo livro, deixo o bem mais precioso que movimenta nosso universo: a pergunta. Não deveríamos nos ocupar tanto com respostas, mas sim, aprender a fazer as perguntas certas.




VISITE:
https://www.youtube.com/channel/UCmpaEpebhF7_EjjVqUGTAVA
http://www.louisburlamaqui.com.br/

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