domingo, 13 de abril de 2014

EVOLUÇÃO E KARMA

Os seres humanos, durante suas várias existências, percorrem um itinerário específico, até atingirem a sua completa evolução.
Esse itinerário de IO é simbolizado por uma curva, à linha de descida damos o nome de Pravriti Marga, a descida da mônada aos planos mais densos da manifestação, onde o ser realiza o caminho da energia pura ou inconsciência para a semi - consciência (nosso estágio atual), e o de Nivriti Marga que já é a ascensão à consciência superior ou espiritual, rumo ao princípio crístico universal ou Atmã.
Esses dois caminhos, de descida e de subida, estão muito bem representados pelo simbolismo da serpente que morde a própria cauda, o Oroboros, que nada mais é do que a volta do filho pródigo ao lar paterno ou o final da evolução, ao seio do Pai, Deus, Brahma, Heovah, Ainsoph, etc., origem de tudo e de todos.
O plano arquetipal (da criação) prevê as diretrizes gerais da evolução dos sistemas. As experiências desenvolvidas ao longo desses sistemas são as mais diversas, sendo mesmo impossível prever tudo o que irá ocorrer no futuro, devido à Lei do Livre Arbítrio, e por isso as profecias se transformam em fator relativo à Lei do Karma de uma pessoa, família, cidade, nação ou o mundo inteiro.
O Karma, como lei básica, é que controla o suceder dos fatos, como Lei da ação e reação, qual espelho, reflete toda e qualquer atividade, reagindo de acordo com o seu valor (real ou falso). Assim, quando a ação for positiva, evolucional, o Karma reage positivamente, criando situações favoráveis, às quais o vulgo chama de "sorte". Se, porém, a ação for negativa, involucional, o Karma reage negativamente, causando aquilo que o vulgo chama de "sofrimento, dor".
Conhecedores dessa Lei que rege tanto a natureza como os seus reinos, é que depreendemos ser de suma importância a qualidade das nossas ações, pois conforme a máxima popular: Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Atualmente, chegamos ao estágio mais denso, ou seja, estamos no 4º dentre os sete sistemas de evolução – justamente o ponto mais baixo da curva evolucional, onde as experiências foram levadas ao extremo de suas possibilidades, onde o mental discursivo ou mental concreto ganhou seu pleno desenvolvimento, fazendo com que tudo seja entendido pela experimentação, pelas provas.
Ora, o mental concreto nada mais é do que um dos sete princípios do homem, sendo que existem quatro inferiores: físico, vital, emocional e mental concreto; e três superiores formando um triângulo, símbolo da própria divindade: Mental Abstrato, Budhi ou Intuição direta e Atmã, o princípio mais elevado do homem.
Nos três sistemas passados, os seres humanos já desenvolveram os três primeiros princípios inferiores, e no momento evolui o mental racional.
Então, evoluir é transformar a nossa vida, apenas em energia (selvagem, instintiva, cega), em vida consciente, sabendo qual a meta a alcançar, trabalhando arduamente o nosso interior a fim de atingir a realização plena.
Estaremos desse modo, à semelhança de Deus, segundo as várias tradições e religiões.
Amigo leitor, a vida não é simplesmente o suceder dos fatos cotidianos relativos aos nossos afazeres ou funções particulares. Existiu um início e existe uma finalidade a alcançar, o único meio que nos mostra o caminho a seguir é a iniciação. 

Publicado originalmente no jornal Folha da Tarde
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