domingo, 17 de março de 2013

NAIPE DE TAÇAS (COPAS)




Taças = Amor e Fidelidade
O homem de caráter aquático = signos de Câncer, Escorpião e Peixes
Elemento = Água
Cartas do baralho = Copas
Outros nomes = Púcaro

Sentimentos, intuição, calor, prestimosidade; fantasia, amor, sexo, casamento; filhos, relacionamentos.
Elemento água - Clube do Tarô


A água é o elemento que liga o todo com cada um; todo movimento é continuado até o infinito; todas as direções são possíveis, visto não haver pontos fixos de referencia que possibilitam um direcionamento claro. A água pode ter uma profundidade assustadora ou fascinante, ora suave e amigável, ora com uma fúria de arrasar diques, revelando o seu terrível lado destrutivo. A água é o elemento que reage de modo mais sensível às forças lunares.
(*)No âmbito humano, corresponde ao nosso mundo dos sentimentos, dos anseios, dos desejos, das esperanças, dos sonhos e das fantasias, enfim; todos os âmbitos que se furtam ao controle da inteligência (Elemento Ar), que não se deixam limitar (Elemento Terra) mas que também não podem ser dirigidos pela nossa vontade (Elemento Fogo). O sonho nos leva a um mundo em que há leis próprias.
Um indivíduo fortemente aquático pode parecer um sonhador, um sujeito que tende às fantasias, mais do que um homem brando, condescendente, que como no sonho pode aceitar uma multiplicidadde de "sentimentos pessoais" sem nunca decidir-se por uma forma.
Com isso, temos diante de nós os românticos da vida, os artistas dotados de fantasia que, da plenitude de seus devaneios, conseguem trazer magicamente à luz obras de arte. Por outro lado, também temos o ouvinte solidário, o terapeuta, que como ninguém mais consegue imaginar-se na situação do outro.

(*)Abro aqui um parentese para um pitaco: nunca li uma descrição tão simples e direta como esta para o naipe de Copas, que cabe muito bem para dois Arcanos Maiores:





Voltando ao texto:

Disso se deduz que o lado escuro do indivíduo fortemente aquático também se encontra nesse ambiente. O sonhador e o ilusionista que se recusa a encarar a realidade de frente, realidade que ele sempre consegue tornar tão pouco plausível quanto deseja, quanto pode suportar, por meio de sua inteligência. O camaleão que não desenvolve nenhum sentido unilateral de individualidade, mas que em vez disso representa qualquer papel desejado e que considera como seu verdadeiro Eu. Uma individualidade que é uma soma das expectativas dos demais, é o resultado frequente.
O modo de pensar dos aquáticos é predominantemente acentuado pelo sentimento e muitas vezes orientado por quimeras. Os indivíduos de Ar, cujo raciocínio é sóbrio, lidam com o indivíduo de Água como se estivessem lidando com a forma mais crassa de falta de lógica, uma vez que os rumos do raciocínio dos indivíduos de Água não podem ser acompanhados muito bem pelos observadores externos. O próprio nativo de Água o denomina de lógica intuitiva, um mundo em que os resultados não têm uma conclusão obrigatória - o que, como nos sonhos, permite inúmeras possibilidades. O aquático está acostumado a adivinhar ou a intuir os inter-relacionamentos e interdependências em vez de calculá-los. Seu tipo de diferenciação não é feito através do critério de "certo e errado", mas antes usando o "provável e o improvável", ou respectivamente o "agradável e o desagradável". Acontece muitas vezes de esse raciocínio inusitado e inconvencional levar a conhecimentos surpreendentes e valiosos para a comunidade, visto que não se prende a regulamentos, mas percorre rumos que os outros pensadores excluíram desde o inicio como imprestáveis ou sem esperança.
No amor, o nativo de Água é romântico e sua ênfase cai no sentimentalismo. Anseios, paixões, grande capacidade de entrega e grande capacidade de fusão com o outro, são as características principais dos relacionamentos aquáticos. Este indivíduo sabe como ninguém de que forma manter vivo um relacionamento, mesmo que a pessoa esteja a milhares de quilômetros de distância, enquanto sentir que o amor entre ambos continua existindo.
Quando o indivíduo com ênfase em Água faz uma retrospectiva de sua vida, pergunta a si mesmo: "O que senti, o que sofri?
"Dentre as pessoas de todos os elementos, o sábio deveria escolher para mestre, um nativo de Água. A água cede, mas conquista tudo. A água apaga o fogo ou, quando sente a ameaça de ser vencida, foge em forma de vapor e torna a se formar. A água lava a terra mole da superfície e, quando bate num rochedo, sempre busca um caminho para dar a volta e continuar. Refresca a atmosfera, acalmando o vento; cede aos impedimentos, mas sua humildade e ilusória, pois não existe poder que impeça seu caminho para chegar ao mar. A água conquista ao ceder, nunca ataca, mas sempre vence a última batalha." 
John Blofeld, A Roda da Vida.




Fonte da imagem:http://neneerciliaanjostaro.blogspot.com.br/
Fonte do texto: Manual do Tarô - Hajo Banzhaf - Ed. Pensamento

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