segunda-feira, 13 de agosto de 2012

4º RAIO: HARMONIA ATRAVÉS DO CONFLITO

"Cada vez que sua mente tentar vagar, traga-a suavemente de volta; traga de volta o seu pensamento."
Joel Goldsmith

imagem colorida (original em P&B) - por Mário Diniz da Silva Filho
para o livro Psicologia Oriental de Padma Patra

A humanidade é composta não apenas de seres que habitam o planeta Terra no plano físico. Também faz parte dela uma vida disseminada pelo universo em vários níveis de consciência e em diferentes estados de manifestação. O reino humano tem a oportunidade de viver encarnado no plano físico-emocional-mental sobre a crosta terrestre e na sua órbita psíquica, mas não se limita a essa condição. Na própria órbita deste planeta, o reino humano existe em outros planos, tais como o mental superior, reino das almas, e vive também fora da encarnação física, em nível intuitivo, espiritual e divino, que são as dimensões diferentes e a que correspondem leis específicas.
Aprender a estar consciente em todos esses níveis, o que acontecerá neste ciclo de manifestação da Terra, é um caminho para a evolução humana. Estamos vivendo a preparação para isso.
O quatro raio, a energia da harmonia através do conflito e que conduz à intuição, rege a humanidade como um todo. É esta energia que nos leva a perceber o campo de consciência no qual nos encontramos limitados. Essa sensação de limitação acontece com todos os homens, quando atingem determinado grau de consciência: sentem-se eles tolhidos onde estão e precisam galgar espaços interiores do próprio ser.
Esse quarto raio rege o reino humano e nos faz sentir literalmente aprisionados onde estamos, impulsionando-nos a vencer as cristalizações, a inércia e o acomodamento típicos de uma etapa evolutiva.
Como é próprio da natureza do homem terrestre estabilizar-se onde chegou, cabe ao quatro raio estimular-nos, através de conflitos, a alcançar outros estados de consciência. Nesses casos, a energia do raio leva os indivíduos a tal estado de insatisfação, que os prepara para romper barreiras por eles mesmos construídas, fazendo-os, finalmente, mudar de vida. Esse conflito, se vivido conscientemente, transforma-se numa situação harmoniosa, e, à medida que o equilíbrio se instala, permite a manifestação de intuição, ou seja, a fluência da clareza proveniente dos planos supramentais.
Quando começa a estabelecer-se na personalidade do homem e no seu ambiente, advém algo de um outro nível, onde não existem conflitos; desse nível chamado intuitivo, as soluções vêm sem qualquer elaboração e se apresentam já as claras. A finalidade do conflito é a de nos levar a uma consciência intuitiva, capaz de captar ideia de maneira global, sem construções mentais nem cronológicas.

É bom que se saiba que, quando não estamos ainda prontos para a transformação provocada pela energia, estamos sujeitos a uma série de tensões que nos preparam para o que vai acontecer. Nesse caso, entram em jogo duas forças: a energia que conhece o caminho a ser percorrido pelo indivíduo, e as forças involutivas, tendências mentais que tentam barrar o processo e fazer com que a primeira não possa atuar. A energia conduziria o homem para a meta sem nenhum problema, mas o confronto com as forças de reação também é necessário no universo, pois nessa batalha a alma realiza suas experiências. Este jogo fica mais evidente quando se trata da energia do quarto raio; o poder mental e a força emocional não educada representam a força involutiva que se opõe ao processo.


fonte da imagem: Blog da Chandra

Símbolo: Um caminho entre duas colunas
Animal: Macaco
Impulso: Criativo

Nomes:
Aquele que percebe o Caminho
O Vínculo entre os Três e o Três
Aquele que assinala a bifurcação do Caminho

Virtudes especiais e expressões corretas: 

Fortes afeições, simpatia, vigor físico, generosidade, devoção, vivacidade de intelecto e de percepção. Pode expressar unidade e harmonia, evocação da intuição, juízo correto e razão pura. 
Vícios e expressões errôneas:

Egocentrismo, ansiedade, imprecisão, falta de coragem moral, fortes paixões, indolência, extravagância. Pode expressar constantes pontos de crise, luta confusa, sentir desarmonia, colaborar com a parte e não com o todo, reconhecimento indevido daquilo que se produz mediante a palavra.


Meditação:
Deite e relaxe. Descontraia os músculos e acalme-se. Imagine uma paisagem onde o verde das árvores, o céu azul, a luz do sol, a beleza das flores relaxem sua mente. Imagine um lago com lótus brancos, belos e puros. Observe, existe uma passagem, caminhe até o centro do lago, por uma uma  passagem de pedras.  No centro existe uma pequena ilha, sente-se no chão diga três vezes: "A beleza, a harmonia e a glória estão no meu interior." 

Mantras:
Ganesha é o deus as artes, das letras, da sabedoria e até da boa sorte, porque limpa o caminho. Um de seus mantras é:
"OM, SRI GANESHAYA NAMAHA"

Saraswati também é uma deusa das artes, do conhecimento, adorada por escritores, músicos e estudantes. Seu mantra é:
"OM, SRI SARASWATI NAMAHA"


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