imagem:Tarot of Marseille Grimaud Editions |
Descrição - Uma mulher coroada, de semblante afável, segura na mão esquerda um cetro encimado por um globo e uma cruz. Na outra mão, apresenta um brasão no qual está cinzelada uma águia.
Simbolismo - O 3, número da comunicação, domina a dualidade. Leva a uma nova integração e a uma abertura mais ampla. A influência de Vênus, planeta da sorte e do amor, traz charme, doçura e simpatia. O movimento, a habilidade e a inteligência são marcados pela influência de Mercúrio. Esta mulher jovem e inteligente é o símbolo da sabedoria que cria.
Sobe a cabeça, a coroa confirma seu poder mental e sua dignidade.
Poderoso símbolo de poder e de comando, segura na mão esquerda o cetro destinado a fazer reinar a ordem. A Imperatriz está plenamente consciente da extensão de suas possibilidades: detém o "Poder" mas não ultrapassa seus limites. Esse cetro, aliás, termina numa cruz, imagem da espiritualidade.
A inteligência é expressa pelo brasão, que traz uma proteção benéfica. Qual um pentáculo, ele é a representação da Tradição.
Pássaro soberano, celeste e solar ao mesmo tempo, a águia alia o poder e a força. A lenda afirma que é o único pássaro que pode olhar o sol de frente sem piscar.
A Imperatriz está sentada numa cadeira cujos espaldares altos lembram asas, em sinal de elevação e de voo para o Infinito.
A Papisa se esconde no seu mistério. A soberana Imperatriz traz, ao contrário, a luz, o poderio contra as hesitações. Ela dissipa com inteligência as trevas da dúvida.
Fonte: Colette H. Silvestre - ABC do Tarô - Círculo do Livro
imagem: Victorian Romantic Tarot |
Recado à Imperatriz
Poema de Cristina Guedes
Poema de Cristina Guedes
Águia de ouro e escudo de prata,
talismã real,
psique apropriada.
Fêmea maior, terrena, encimada,
desencanta o redentor,
enche a coroa de espadas.
Virgem, Madona, Dama, Deusa Imperial,
dramática, selvagem, natural.
És o tema e o poema:
assim aérea, boreal.
És o fogo e o desejo:
líquida, crística, glacial.
Quero porque te vejo:
teus beijos de sol e de sal.
Mulher de Pitágoras,
ora menina, ora mimada,
exerce minha influência,
enfatiza meu Tao,
me dá essência,
transforma meu dia
com seus naipes de alegria.
Mas trazei sempre teu rito das artes divinatórias:
verbo, mito e universo nítrico.
E para saber o que há além da mente
acima da servidão de escolher
a liberdade da criação sente
que podes permanecer mulher consciente
para o jogo comum do entalhador das sementes.
Poemas apresentados em A Casa do Mundo no Reino dos Arcanos, exposição dos trabalhos de Cristina Guedes, no Museu São Francisco, organizada pelo SESC de João Pessoa (PB), 2011-2012. Fonte: Clube do Tarô
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