recorda, alma querida,
que a dor é para a vida
aquilo que o buril severo e contundente,
entre as mãos do escultor,
é para o mármore sem forma...
Golpe aqui, golpe ali, outro mais e mais outro,
um corte de outro corte se aproxima,
e o bloco se transforma
em celeste beleza de obra-prima.
Que seria da pedra, abandonada ao chão,
triste, bruta, singela,
se a vida não traçasse para ela
planos de construção?
Que destino o da argila, esquecida e vulgar,
sem a temperatura desumana,
que deve suportar
para ser porcelana?
Enxergaste, algum dia,
fora das leis da natureza,
o trigo que não fosse triturado
para ser pão à mesa?
Se alguém te fere e humilha,
ama, entende e perdoa
e agradece ao trabalho, a angústia e a prova,
em que a vida imortal se nos renova,
no anseio de ascenção que nos guia e abençoa...
Alma querida, escuta!...
para seguir à frente,
em plena elevação
sempre mais alta e linda,
quem não chora, não serve e nem padece ou luta,
parece tão somente um ser espiritual em formação
que não nasceu ainda.
Fontes:
Espírito: Maria Dolores
Psicografia e Voz: Chico Xavier
Livro Mãos Marcadas - Espíritos Diversos
Editado em 1972 pela IDE - Instituto de Difusão Espírita
*Quando ouvi Buril de Luz, há tempos, não havia o texto (ou pelo menos não o encontrei na época) publicado na inernet, fui ouvindo várias vezes para poder passar para o papel, este post está no formato que entendi quando ouvi e com as correções (vírgulas, exclamações e etc )feitas pelo que encontrei atualmente no site: www.tahyanefire.com/chico/burildeluz.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Boas vindas!